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Os “milagres imperfeitos” de Jesus clamam pela nossa colaboração
06/04/2020, Lisboa
Em 2020, as palavras “Quarentena” e “Quaresma” caminham lado a lado, desafiando os crentes a viverem este tempo com uma esperança e uma fé reforçadas, a par da inquietude da incerteza e do desconhecido.
A AESE convidou o Padre Gonçalo Portocarrero de Almada para uma sessão online com vista à Fomação integral dos Alumni da escola. Nesta conferência, o Capelão da AESE explicou que os “cristãos não devem encarar este período como uma provação, um castigo ou uma maldição”, porque, na verdade, o que caracteriza um cristão “é acreditar naquilo que não vê” e que até do Mal “Deus consegue tirar o Bem”. E reiterou: “A entrega de Cristo ao mundo não é para nos condenar, mas para sermos salvos por Ele.” Visto que Deus nos acompanha, devemos compreender que “tudo concorre para o nosso bem maior” e “de todas estas situações, sairemos reforçados em Jesus Cristo, Nosso Senhor.”
Ao longo da sua exposição, o Padre Gonçalo Portocarrero de Almada referiu as origens da festa pascal, que remonta à tradição judaica, prévia ao nascimento de Cristo. À memória da libertação do Povo do Egipto, Jesus vem acrescentar um novo significado: a morte do Filho Unigénito simboliza a passagem da dimensão terrena para uma vida espiritual na Graça. O Estado de Emergência que se vive em Portugal e um pouco por todo o mundo vem trazer um desafio acrescentado de viver a experiência da festa familiar da Ressurreição, reduzida à dimensão da Igreja doméstica. “Que a nossa casa seja um território sagrado para a celebração da festa do Senhor”, recomenda.
Sobre os “milagres imperfeitos” de Jesus
Com a perspicácia e o sentido de humor que o caracteriza, o Padre Gonçalo Portocarrero de Almada demonstrou na sessão online que os prodígios de Jesus – de entre os quais se podem contar a multiplicação dos pães e a transformação de água em vinho-, são “milagres imperfeitos”, que comunicam uma mensagem muito clara: “Jesus conta connosco, não dispensando o nosso trabalho.” Não nos “preocupemos” com falta de fé, não nos “despreocupemos” por preguiça, simplesmente nos “ocupemos” em fazer a tarefa que cada um é chamado a executar.
No final da sessão houve ainda oportunidade para responder a questões práticas colocadas pela audiência.
Aceda à entrevista concedida pelo Padre Gonçalo Portocarrero de Almada à AESE, sobre o tema da sessão.