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Atitude de aprendiz: a melhor assinatura pessoal para uma carreira de sucesso
12/04/2024
Convidado do MBA Leaders Talk, Henk S. de Jong esteve na AESE para uma reflexão sobre o desenho de uma carreira e a da própria vida, no dia 12 de abril de 2024.
O ex-Presidente e CEO da Versuni e Ex CEO da Philips Domestic Apliances aproveitou toda a sua experiência internacional para identificar alguns pontos cruciais para quem deseja impulsionar a sua trajetória profissional.
“Quando não se aprendeu algo num dia, é porque não se viveu”. Esta máxima leva Jong a crer, que perante uma oportunidade, um líder só pode “agarrá-la com ambas as mãos”, sob o risco de desperdiçá-la.
“A excelência é a grande “força impulsionadora”, fundamental para projetar o futuro. “Pensar em si como um produto faz toda a diferença”.
Linhas mestras na construção do sucesso
Henk S. de Jong avançou com 10 considerações para fomentar uma estratégia de sucesso.
Aprender uma função, é o primeiro passo, e consiste em tornar-se efetivamente competente nessa área. Este exercício parte daquilo a que orador designa por “enraizamento”: saber quem se é, onde se está e capitalizar rumo ao objetivo a atingir.
Perante uma dúvida, “não presuma”, mantenha ao invés a “curiosidade”. Para um líder, um gestor ou diretor intermédio deve ir-se procurar informação à fonte, “ao local onde tudo acontece”. Há que fazer perguntas até se conhecer melhor e praticar coaching, otimizando a experiência pessoal, pondo-a ao serviço de soluções criativas para a equipa.
O conhecimento é mestre. Porém, qual a imagem que se transmite? A perceção da marca pessoal pode ditar a sua sintonia com o propósito pessoal ou identificar a necessidade de mudança.
O percurso pode ser feito por estágios; todavia, Henk S. de Jong pensa ser mais eficiente pensar no próximo passo, do que no cargo que se ambiciona desempenhar. Assim a responsabilidade acabará por chegar de uma forma mais natural e fluída.
Projetar uma carreira com êxito pressupõe o equilíbrio de forças tais como “performance e transformação”, “controlo e delegação”. O grande desafio implica conciliar “a cabeça, o coração e as mãos”, isto é, a razão a intuição e a operacionalização.
Cada vez mais a realidade é feita de um tecido de culturas muito diversificado.
A perspicácia cultural tem demonstrado ser um trunfo valioso.
Simultaneamente, a capacidade de adaptar a sua liderança aquilo que as circunstâncias exigem é essencial para se chegar ao topo. Escutar é outro atributo que traz benefício a uma direção que deixa de se basear numa prática de autoridade topdown, para uma gestão com acompanhamento de coaching, a fim de uma melhoria contínua. Neste cenário, o Lifelong learning é uma tendência que constrói o sucesso dos líderes. Daí que conservar uma atitude de aprendiz resulta numa assinatura pessoal que distingue os profissionais que alcançam responsabilidade de topo.
O impacto nos empregos do futuro
“Rapidez e foco” serão características mais relevantes do que a habilidade de escalar um negócio. Henk S. de Jong valoriza a transformação digital da mesma forma que atenta à capacidade de escolher a network pessoal e profissional certa: ”a rede é vital”.
Na equação “System-Data-Process-People”, o convidado resume a transferência que ao longo do tempo evolui da tónica dada às pessoas para o acento atribuído ao ecossistema. A Inteligência Artificial é “a” transformação seguinte, rumo “à integração de diversas competências online”, em que o “mais barato, o mais rápido, o melhor ou o diferente” angariam maior atratividade e proeminência no mercado. O orador acredita que alguns empregos vão evoluir, tal como aconteceu no passado com a 1.ª Revolução Industrial. A Tecnologia avança. Contudo, sobre ela persiste o conhecimento e a intuição que o ser humano é capaz de gerir. O convidado deixou a sugestão de cada um dos participantes do AESE Executive MBA, destrinçarem as parcelas do seu trabalho que passarão a ser desempenhados sem intervenção humana. O valor agregado tenderá a progredir para novos trabalhos e novas funções humanas. O verdadeiro ganhador será o líder que conseguir refletir na sua liderança a gestão eficiente dessa evolução.
À apresentação seguiu-se um período de perguntas colocadas pela assistência do 22º e do 23º AESE Executive MBA, às quais Henk S. de Jong respondeu com abertura e objetividade.
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