02/10/2020
António Coutinho foi o orador convidado da sessão de 1 de outubro na AESE, sobre “Megatendências: o mundo em que viveremos”.
O Administrador da EDP Comercial identificou as grandes alterações demográficas que se fazem sentir, como uma das tendências com uma repercussão significativa no futuro. O crescimento da população mundial, sobretudo nos países em desenvolvimento, o envelhecimento generalizado, principalmente no Ocidente e na China, e as pressões migratórias são algumas das causas apontadas.
Por outro lado, o mundo será cada vez mais urbano. O aumento do número de pessoas a residirem nas cidades, alargam as suas fronteiras, a concentração de grande parte da riqueza e da inovação do mundo ser gerada nos centros urbanos e o aumento de megacidades ricas e pobres “com problemas diferenciados a serem endereçados por tecnologia e inteligência distribuída” são um forte indício desta tendência destacada por António Coutinho.
Os países em desenvolvimento têm impimido um crescimento dinâmico global, o que leva a uma relocalização do geocentro mundial. O “Oriente ultrapassa o Ocidente” em riqueza pelo progresso da população e da classe média, alavancada pela “perda de liderança do Ocidente” e pela “deterioração da Democracia”.
A digitalização e a automatização são outro dos fatores incontornáveis na equação do futuro. A Tecnologia está progressivamente mais acessível e sofisticada, crescendo de forma “exponencial, pervasiva e ubíqua”. A inteligência artificial está a permitir a transformação do trabalho humano, levantando questões de ordem ética e filósófica.
As alterações climáticas já fazem parte da agenda de hoje. Da escassez da água à perda da produção alimentar, a geração de refugiados ambientais e a necessidades da transição energética são tendências fáceis de prever.
António Coutinho rematou a sua intervenção, antes de ser aberto o espaço para perguntas e respostas com a assistência presente e remota, sublinhando que o futuro será um “Mundo de grande Mudança”.