An article a day #16 - AESE Business School - Formação de Executivos

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An article a day #16

13 de abril 2020

Eduardo Pereira

Coach e Professor na área de Fator Humano na Organização da AESE Business School.

Alguns ainda se lembrarão de Eric McNulty que, no Encontro de Alumni da AESE em 2016, nos sugeria três valores fundamentais – Capacidade adaptativa, resiliência e confiança – para se fazer face a um crescente contexto VUCA (acrónimo em inglês para volatilidade, incerteza, complexidade e ambiguidade).

Liderar em tempos de incerteza (II)


Pois se nessa altura, e ainda com memórias frescas da crise financeira de 2008, parecia fazer sentido que nos preparássemos para volatilidade e para incerteza, nestes tempos que estamos a viver, adotar estas abordagens torna-se absolutamente fundamental, e evidente. 


O Professor do IESE, Conor Neill, também aponta nesse sentido quando acrescenta o adjetivo “great” ao fator incerteza, no título da sua live session “How to Lead in Times of Great Uncertainty”, que aqui recomendamos no “An article a day”. 


Nestes tempos de grande incerteza, como continuar a liderar bem e a tomar boas decisões?  


Nestes tempos, mesmo aqueles de nós mais equilibrados, racionais e sensatos não estarão imunes a sentirem, em algum momento, que a sanidade mental se lhes escapa. Sobretudo quando estão sob pressão para tomar decisões rapidamente, e que vão no sentido de reduzir, ou destruir, aquilo que se construiu ao longo de anos. 


Nestes tempos, mesmo aqueles de nós mais positivos, gratos e energéticos, não estão imunes a acordarem algum dia sem vontade para serem a “voz positiva na sala”, ou sem energia para serem uma “luz da esperança” para os outros, ou sem razões aparentes para a gratidão.


Como fazer nesses dias?


Aqueles que já tiveram o privilégio de participar na sessão do caso “A Odisseia no Endurance”, poderão recordá-la com nostalgia, pois Conor Neill traz-nos uma breve história com os exploradores Scott e Amundsen, contemporâneos e concorrentes de Ernest Shackleton


Essa história, que opto por não revelar aqui, serve de mote para nos fazer considerar três hábitos diários, que nos podem ajudar, particularmente nestes tempos. 


Para melhorar a nossa comunicação, para comunicar com impacto, e de forma a que cheguemos aos outros: Praticar, praticar exaustivamente. Usar a quarentena para exercitarmos as nossas competências de comunicação, por exemplo filmando uns minutos por dia o nosso discurso. 


Para não deixarmos que as emoções nos capturem, para dominarmos os nossos pensamentos, mesmo quando sentimos medo, ou incerteza, ou raiva, ou pressão: Escrever, tomar notas, capturar esses momentos no papel. Todos os dias escrever algo na nossa agenda ou diário.


Para aqueles dias mais difíceis, um hábito algo contraintuitivo: Começar o dia devagar. Refletir, nos primeiros momentos do dia, até “ouvirmos” resposta às perguntas “No final do dia de hoje, sobre o que é que eu quero estar agradecido? O dia de hoje é sobre quê? O dia de hoje é para quê?”


Poderemos ampliar esta questão: Os nossos dias, estes tempos, servem para quê?

 


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