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Franz Heukamp destaca o papel da formação executiva na liderança
14/02/2025
No âmbito da sessão sobre Future Readiness and Business Education, o Dean do IESE, o Prof. Franz Heukamp, fez uma reflexão profunda sobre as grandes transformações em curso no mundo corporativo e como as escolas de negócios devem formar e exercitar os futuros líderes para enfrentar os desafios emergentes.
Heukamp sublinhou que, embora as mudanças tecnológicas sejam inevitáveis e impulsionadas tanto por pessoas inteligentes que utilizam a Inteligência Artificial (IA) de forma positiva, como por outras que a utilizam para fins menos nobres, é imperativo que as organizações e os líderes se adaptem a esse novo contexto.
“Precisamos de avançar e adaptar-nos às mudanças que estamos a viver, especialmente num momento de polarização entre países e blocos”, afirmou o Dean.
A polarização e os desafios geopolíticos têm gerado uma crescente atenção global, e Heukamp ressaltou a importância das escolas de negócios, como o IESE e as suas Escolas Associadas, desempenharem um papel essencial no impacto social das organizações. Independentemente da sua dimensão, as ações de qualquer empresa têm consequências. Através de parcerias e liderança de pensamento, o IESE visa capacitar executivos para que possam lidar com as questões da atualidade e partilhar experiências que potenciem uma gestão mais eficiente e humana.
Humanidade e colaboração no contexto empresarial
A ideia de uma “humanidade partilhada” foi um dos conceitos desenvolvidos no discurso de Franz Heukamp. Para ele, a aproximação das pessoas no ambiente organizacional deve ser impulsionada pelo respeito mútuo, dignidade e pelo propósito comum de trabalhar juntos para alcançar objetivos. Este conceito reflete a necessidade de adaptar o trabalho às dinâmicas sociais e culturais, criando um ambiente inclusivo e colaborativo.
Outro ponto relevante abordado foi a chamada “Guerra do Talento”. O Professor lembrou que, apesar de não ser tão discutido nos dias de hoje, a escassez de profissionais qualificados continua a ser uma realidade. As escolas de negócios, na sua opinião, devem ser proativas na preparação dos líderes para desafios que envolvem transformações no mercado de trabalho, novas profissões e a adaptação às mudanças.
A transformação digital e o papel das competências humanas
Durante a sessão, que contou com a participação de Fátima Carioca (Ver mais), Daniela Simões (da Luís Simões), Jorge Costa e Silva, Inês Magriço e o Prof. Agostinho Abrunhosa, da AESE, foram abordadas questões sobre o aproveitamento de oportunidades de negócios em contextos de mudança tecnológica. As reflexões focaram-se na necessidade de os líderes possuírem competências de liderança humanas, como a escuta ativa, a inspiração e a motivação, ao mesmo tempo que se devem articular com as capacidades de integrar as novas tecnologias, como a IA, de forma eficaz, no dia-s-dia.
Ser inclusivo e investir no desenvolvimento dos colaboradores também foram temas destacados. “A liderança deve ser pautada por um interesse genuíno nas pessoas e no caso das escolas de negócios, nos participantes, olhando para cada um como um indivíduo único com histórias, referências, fortalezas e fragilidades. O objetivo é ajudar as pessoas a alcançar o sucesso e a felicidade dentro das suas funções.
A relação entre IA e as competências humanas
O debate sobre o impacto da IA no relacionamento humano também foi um dos pontos centrais da conversa.
Heukamp expressou a sua confiança de que a tecnologia, longe de substituir a interação humana, pode ser uma ferramenta para aprimorar as nossas relações e processos evolutivos. “Não estou preocupado com a perda de relação, pois somos seres sociais por natureza”, afirmou, destacando a importância da tecnologia como uma aliada na melhoria da produtividade e da comunicação.
Os professores de negócios, de acordo com Heukamp, têm o desafio de ajudar os futuros líderes a gerir o equilíbrio entre a tecnologia e o contacto humano, especialmente quando se trata de motivar e inspirar as suas equipas.
Ética e responsabilidade social
Finalmente, o Dean do IESE abordou a crescente preocupação ética entre as empresas e a sociedade. Referindo-se a um estudo realizado há 30 anos, notou que as pessoas, hoje em dia estão mais conscientes das questões éticas e sociais que envolvem as suas ações. A responsabilidade social continua a ser uma prioridade e deve ser parte integrante da formação dos futuros líderes empresariais.
A sessão no IESE sublinhou, assim, a importância da educação empresarial na preparação dos líderes para os tempos de mudança que se avizinham, com uma ênfase na combinação de competências humanas e tecnológicas, e na construção de relações fortes e éticas dentro das organizações.
AESE e IESE: A preparação para o futuro
Tanto o IESE como a AESE Business School continuam a ser exemplos de instituições que oferecem uma aprendizagem contínua, adaptada às necessidades dos executivos e líderes de amanhã, seja de forma presencial ou remota, com programas curtos ou longos. As escolas de negócios têm, portanto, um papel essencial na preparação de líderes capazes de transformar os desafios em oportunidades de sucesso.
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