Portugal Fresh apresenta o projeto conjunto de Internacionalização para 2022 e 2023 - AESE Business School - Formação de Executivos

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Portugal Fresh apresenta o projeto conjunto de Internacionalização para 2022 e 2023

20/01/2022, Lisboa

A AESE recebeu o evento da Portugal Fresh que visou a apresentação do projeto conjunto de internacionalização 2022-2023, a 20 de janeiro de 2022.


O Ecossistema Agro e o PPR
O Prof. José Ramalho Fontes, Presidente da AESE, deu as boas vindas aos participantes, referindo o gosto da AESE em acompanhar os seus Alumni e as suas iniciativas, como é o caso de Gonçalo Santos Andrade, Presidente do Portugal Fresh e Alumnus do 1.º GAIN. “O contexto agro é muito positivo em criação de emprego, exportações, crescimento do setor, boas práticas, entre outros.” O Professor sublinhou o trabalho extraordinário que a Portugal Fresh desenvolveu ao duplicar o volume de negócio e de exportações, na última década. E acrescentou: “Temos de ser audaciosos procurando objetivos estruturais. Precisamos de captar e reter talento para a agricultura, a nível de mão de obra e de cérebro de obra. O associativismo deve ser um objetivo para a melhoria da competitividade e visão de conjunto.” José Ramalho Fontes mencionou ainda a oportunidade de aceder ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), identificando projetos exequíveis até 2026, com impacto imediato na recuperação económica e no emprego, e potencial de reforma estrutural do país.
O Presidente da AESE apelou a uma visão comum que alinhe os esforços dos parceiros, um sistema de medida partilhado, eventos que se complementem, uma comunicação constante e uma plataforma que sustente o sistema nervoso do ecossistema.



O fito da Portugal Fresh
“O Setor agrícola foi o motor da UE no período da pandemia.” O Presidente da Portugal Fresh, Gonçalo Santos Andrade ressalvou que o projeto de internacionalização “teve um impacto enorme”. “O valor das exportações do setor duplicou de 780 milhões de € em 2010, para 1.683 milhões de € em 2020 e, hoje, exportamos mais de metade do valor da produção. Até 2030 estimamos atingir 2500 milhões de € de exportações, o que significa um aumento de mais de 48 % numa década. Estes resultados só são possíveis graças ao esforço conjunto das empresas e da sua contínua aposta em inovação e promoção.”
Contando com 86 associados sócios empresarias e 16 sócios de especialidade (associações sub sectoriais), a Portugal Fresh colabora com mais de 4500 produtores que representam 40 % do valor da produção de frutas, legumes e flores, a nível nacional.
De janeiro a novembro de 2021, as exportações ascenderam a +0,5% em valor (1.570 milhões de euros) face ao período homólogo de 2020 e -3,3 % em volume (1.418.530 toneladas), face ao período homólogo de 2020.
Espanha, França, Holanda, Alemanha e Reino Unido são os mercados de destino onde os produtos nacionais têm chegado. “Durante os próximos 18 meses, a Portugal Fresh irá focar a sua estratégia na presença das empresas associadas em eventos internacionais como a Fruit Logistica, em Berlim, a Asia Fruit Logistica ou a Fresh Produce India. Além disso, e tendo em mente as geografias alvo deste projeto, temos previstas missões empresariais a países nórdicos e bálticos. Criámos um Observatório de Preços, uma ferramenta útil para as empresas que pretendem exportar e apostámos na comunicação.”


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O líder da Portugal Fresh referiu os desafios a nível da produção, da utilização da água e do 5G, entre outros. “A oportunidade de crescimento existe. É importante que todos caminhemos para o mesmo lado.” Gonçalo Santos Andrade fez saber ainda que “o setor tem beneficiado imenso com o trabalho desenvolvido pelo dinamismo do Presidente da CAP, Eduardo Oliveira e Sousa”, o orador a quem passou a palavra.


O valioso apoio da CAP
Eduardo Oliveira e Sousa, Presidente da CAP- Confederação dos Agricultores de Portugal, deu os parabéns à Portugal Fresh porque conseguiu levar a diversidade e a exclusividade dos produtos nacionais ao exterior, e atualmente beneficia-se “de uma representação muito digna em eventos internacionais”.
“Não basta ir lá fora vender. Internacionalizar significa jogar para ganhar, ter um espírito ganhador.” Para isso, tem sido possível contar com o apoio da AICEP e da Secretaria de Estado da Internacionalização. Ficou patente a vontade de haver uma colaboração mais significativa do Ministério da Agricultura.


O que aprender com o setor
Adrian Caldart centrou a sua apresentação na “Crise da Covid 19 no setor da alimentação e das bebidas, e no seu impacto no futuro”. O Professor apontou algumas tendências que se perspetivam em 2022, a título de diferenciação. É o caso das Proteínas, no que respeita ao Plant based e bem-estar animal; da rastreabilidade e transparência; dos alimentos saudáveis e funcionais; dos produtos locais; da pegada de carbono, entre outros.
O Prof. Pedro Alvito apresentou o caso Borges e discutiu estratégias de resolução do dilema retratado, aludindo às boas práticas levadas a cabo pelos dirigentes da empresa.


O papel do Crédito Agrícola
Rui Garcia explanou a parceria consolidada do Crédito Agrícola com a Portugal Fresh, que data de há 10 anos. O orador demonstrou a atenção às oportunidades das empresas do setor de atividade para exploração do mercado externo, reforçando que “queremos ser os parceiros das empresas que vão à conquista de novos mercados”.
O Crédito Agrícola dispõe de Multilaterais-trade Facilitation Programes com a IFC-International Finance Corporation, a IIC/IADB – Inter-American Investment Corporation e a ADB-Asian development bank).

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