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Da longevidade das carreiras à motivação das pessoas

22/02/2022

O aumento da esperança média de vida levanta desafios a respeito da captação e da retenção das pessoas no ambiente corporativo. Como gerir as carreiras, os vínculos laborais, a conciliação da vida pessoal e profissional e a convivência intergeracional são questões que as organizações têm atualmente de responder e que obedecem a paradigmas diferentes dos tradicionais.


A AESE organizou a 22 de fevereiro de 2022, um encontro sobre People & Management, subordinado ao tema “A longevidade das pessoas e as implicações nas organizações”. Pedro Rocha e Melo, Administrador do Grupo José de Mello, Daniela Simões, Administradora do Grupo Luís Simões, e João Zúquete da Silva, Administrador da Altice Portugal, foram os oradores convidados deste pequeno-almoço, feito a pensar nos responsáveis pela gestão do Talento nas organizações.


A riqueza da convivência intergeracional

Atualmente, existe mais de uma geração a colaborar no Grupo José de Mello. “O crescimento económico depende de uma vitalidade demográfica”, referiu Pedro Rocha e Melo, que observa que a percentagem de população ativa decresce, assumindo a responsabilidade de suportar o número crescente de pessoas com uma vida não ativa. “O mais importante a destacar é a diversidade intergeracional”, afirmou o Administrador do Grupo José de Mello, que tem estado a integrar a 5.ª geração da Família nos negócios.


Reportando-se ao caso vivido no Grupo Luís Simões, Daniela Simões testemunhou a relevância do legado e da longevidade “que faz parte do ADN” da empresa. “É um processo natural do qual tiramos partido. Temos pessoas com muita experiência. Aproveitamos esse potencial, proporcionando percursos alternativos em função do perfil que conhecemos dos colaboradores.” “Ter várias gerações a conviver também implica absorver sangue novo que nos ajuda a acelerar” e a acompanhar o crescimento do mercado. “Na Luís Simões, acreditamos que este estilo de liderança é útil”, confirma a Administradora do Grupo.


A questão mais premente levantada por João Zúquete da Silva consiste não na captação de talento, mas sim na dificuldade de o manter, dada a volatilidade que a geração mais nova apresenta, movidos sobretudo pelo desafio de projetos diferentes, ao contrário da estabilidade procurada pelos colaboradores mais sénior. “Dependendo da fase da vida, assim deverá ser feita a gestão das motivações”, colocando de parte o comportamento standard de contratação que imprimia na empresa a autoridade de controlar a negociação de um contrato. Hoje, os candidatos estão em pé de igualdade, exigindo condições feitas à medida e um tempo de resposta nos processos mais célere. O Administrador da Altice Portugal mencionou o projeto piloto que está a ser implementado na sede da empresa em Picoas, que prevê a criação de um espaço diversificado de trabalho que corresponda às necessidades dos colaboradores mais novos. Da mesma feita, afirmou existir uma preocupação de disponibilizar ferramentas que mantenham motivados profissionais que celebram 50 anos de casa.


Empresas querem-se mais ágeis

Para garantir o sucesso na gestão das Pessoas, as organizações são chamadas a demonstrar uma maior flexibilidade. “É preciso ir encontrando soluções diferentes daquelas que tínhamos, no interior das próprias equipas. Pedro Rocha e Melo, do Grupo José de Mello, defende que “se queremos reter os jovens teremos de considerar que as suas prioridades são diferentes”.


O Grupo Luís Simões aposta na formação como forma de atenuar “o gap entre as gerações”. “A aceleração das tendências de mercado e a intensidade da vida empresarial é propícia “a continuar a promover formação ao longo da vida, em diferentes formatos como é disso exemplo a oferta da AESE”. Para isso, “tem de haver um compromisso da empresa e das pessoas. O mundo muda muito à nossa volta e a leitura e os conceitos devem manter-se atualizados”.


“What’s in it or me?” e qual o impacto que o colaborador tem na organização são questões a que o Administrador da Altice Portugal recorre com frequência na gestão e na liderança que faz das suas equipas.


O evento encerrou com perguntas colocadas pelos dirigentes aos convidados, empenhados em conhecer as Boas Práticas e implementar na realidade das suas empresas.

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