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À descoberta do mundo do financiamento social

05/06/2023

No passado dia 5 de Junho realizou-se, na AESE, o Seminário GOS 2023, alusivo ao tema À descoberta do mundo do financiamento social. O evento permitiu reunir os alunos das edições GOS 2023 de Lisboa e Porto, assim com os alumnis do Programa GOS – Gestão das Organizações Sociais e alguns convidados.


O setor de economia social responde ao repto da promoção da dignidade humana atuando em muitas frentes e de variadas formas, refere a Prof. Cátia Sá Guerreiro, sublinhando que sustentabilidade financeira das instituições deste setor é um tema de agenda em todo o mundo. A mentora deste evento destaca ainda que “é reconhecida a importância deste setor, tanto ao nível da assistência e serviços que prestam, como pelo seu impacto na economia dos países e global, sendo necessária uma aposta em novos paradigmas de gestão e na intersetoralidade.”

Assim, ao longo de um intenso dia de trabalhos, os participantes do Seminário abordaram o tema focando-se em dois eixos concretos: Fundraising Corporativo – Como tirar partido do melhor dos dois mundos e Captação de financiamento – Como elaborar candidaturas de sucesso. O período da manhã decorreu em formato de painéis de apresentação e discussão temática. O formato de workshop participativo marcou os trabalhos da tarde. Para os temas desenvolvidos a propósito de Fundraising Corporativo, a AESE contou com a colaboração de Joana Horta e Costa Consultoria. Para a dinamização do workshop “como elaborar candidaturas de sucesso” tivemos a presença da equipa da GEOfundos.

No período da manhã, com recursos a dois painéis de debate sobre Fundraising Corporativo – Como tirar partido do melhor dos dois mundos?, foi possível refletir especificamente sobre dois grandes pontos: Como envolver dois setores numa vontade comum de acrescentar real valor social? e Como criar parcerias diferenciadoras que possam renovar-se e durar no tempo? Os painéis moderados por Ana Benito Garcia, Associação Dignitude. e Dário Miranda, Venerável Ordem Terceira de S. Francisco, integraram oradores relevantes do setor social e do setor corporativo: colocar os nomes dos oradores ou “consultar programa do seminário” )

Várias foram as ideias chave que emergiram do debate.

Para que a intersetoralidade aconteça numa perspetiva win-win, é necessário haver um maior entendimento entre os setores social e empresarial, de forma que um possa ir ao encontro das necessidades, expetativas, motivações e objetivos do outro. Isso implica maior conhecimento mútuo, do contexto próprio de cada setor. Existe a consciência de que o léxico dos dois setores nem sempre é consonante. Se, por um lado, as organizações sociais devem saber o que as empresas querem, o que as motiva, o que lhes acrescenta valor e o que as inspira, criando propostas de valor criativas e diferenciadoras, por outro lado, as empresas têm de conhecer a realidade das organizações sociais, a verdade do seu dia-a-dia e as suas reais necessidades, não esquecendo que cada organização é única. Só assim, quando os interesses da empresa se cruzam com os da organização social, poderão criar-se parcerias relevantes, que irão gerar mudanças sistémicas nas comunidades e na vida das pessoas.

Percebeu-se também que as empresas devem olhar para o apoio que dão às organizações sociais como uma oportunidade para investir numa ideia, num projeto, numa causa que irá impactar o mundo para melhor, sendo legitimo que tire benefícios desse apoio, para além da sua responsabilidade social, numa lógica de negócio. De facto, as empresas/marcas responsáveis ganham goodwill, maior atratividade ao investimento, maior envolvimento e proximidade com as suas pessoas, a preferência dos consumidores, maior coesão interna e retenção de talento. Por seu lado, as organizações sociais devem posicionar-se “de igual para igual”, e ter capacidade de fazer acreditar no seu projeto, com racionalidade, com estratégia, com profissionalismo, mas também com muita emoção. Saber contar a sua história, falar do caminho que quer seguir e do destino onde quer chegar, despertando emoção e criando empatia com quem está do lado de lá da empresa, é fundamental para que esses interlocutores queiram fazer parte, queiram envolver-se com a organização.

A riqueza de discussão transbordou para a assistência, que ao longo do debate da manhã foi colocando questões pertinentes, profundas e de sublinhada importância. O workshop da tarde decorreu em franca participação, permitindo o exercício prático do processo de elaboração e submissão de candidaturas, matéria de franco interesse setorial.

No final do dia ficou a vontade de não calar as questões, as reflexões, os exercícios, as conclusões. Ficou a vontade de dar continuidade à reflexão e debate destes temas, numa perspetiva de intersetoralidade, para fazermos cada vez melhor o bem que já fazemos. Foi possível perceber que, sem dúvida, há uma vontade!! E, como diz um provérbio inglês, onde há uma vontade, há um caminho…


Legenda
Da esquerda para a direita:
Inês Oom de Sousa (Fundação Santander), Mariana Ferreira (Grupo CUF), Ana Mansoa (CEPAC), Cátia Sá Guerreiro (AESE), Nuno Pestana (Aldeias de Crianças SOS), Joana Horta e Costa (JHC Consultadoria) e Dário Miranda (Venerável Ordem Terceira de S. Francisco)

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