NAVES – Novas Aventuras Empresariais

Desde o início dos Executive MBA da AESE que foi introduzido um suplemento paralelo às cadeiras curriculares a que se chamou NAVES – Novas Aventuras Empresariais.
Ao longo dos 20 anos de existência dos MBA esse suplemento foi evoluindo para um complemento transversal sendo hoje reconhecido como uma mais valia inestimável.
E é transversal porque os participantes são confrontados com a necessidade de consultar os Professores de várias áreas como Política de Empresa, Marketing, Operações e Finanças, por forma a aplicarem às suas ideias de negócio e à elaboração dos respectivos Planos os conhecimentos adquiridos ao longo do MBA.

Este artigo é uma visão pessoal do que tem sido e irá ser uma área cada vez mais importante na oferta académica da Escola.

Objectivos
Os objectivos de NAVES vêm claramente definidos nos conteúdos programáticos do MBA, como por exemplo, suscitar a importância do empreendedorismo e aplicar em casos práticos os conceitos teóricos transmitidos.
Permitam-me que refira, como visão pessoal, os dois objectivos mais relevantes que a existência de NAVES se propõe atingir.
O primeiro é o de conseguir que os participantes terminem o curso sabendo elaborar um Plano de Negócio.
Na vida empresarial os participantes são, frequentemente, digo, obrigatoriamente, chamados a elaborar Orçamentos sectoriais ou globais, planos de lançamento de novos produtos ou serviços, planos de qualidade e outros que, no fundo, não são senão Planos de Negócio.
Se estes não estão bem estruturados, claros e concisos quantos investimentos não serão feitos ou poderão ser condenados ao fracasso?
O segundo é o de perceber que quando na prática se têm que aplicar os conceitos teóricos aprendidos ou melhorados, estes têm que ser adaptados ao negócio em análise.

Temas
As ideias de negócio que têm surgido ao longo dos anos centram-se sobretudo nos serviços e não na indústria.
Neste último caso as poucas ideias que têm aparecido são resultado de desafios lançados pelas empresas onde trabalham os participantes.
Quanto aos serviços, progressivamente com componentes tecnológicas mais sofisticadas vão desde o turismo, administração de condomínios, ao acompanhamento de idosos no domicílio, passando por soluções de trânsito automóvel, educação, acção social e alguns temas de índole ecológica.
NAVES não é um concurso de ideias e por essa razão a AESE não sugere ideias de negócio. No entanto, aos professores coordenadores de cada equipa de projecto cabe ajudar os participantes na escolha de melhorias da ideia inicial ou mesmo na sua substituição.

Alertas
Ao longo da elaboração dos Planos de Negócio levanta-se um conjunto de questões que poderão atrasar ou prejudicar a elaboração do documento. Vou citar apenas algumas, talvez as mais relevantes.

• Trabalho em equipa
  Depende do número de componentes. Nota-se que quanto maior for o seu número, maior a tendência para que um ou outro se relaxe.
• Aproveitamento dos professores coordenadores
  São os participantes que fazem o trabalho. Mas é um desperdício não aproveitar o apoio, a experiência e as indicações dos professores coordenadores.
• Capacidade de síntese
  Dizer o fundamental no menor espaço possível é uma tarefa difícil e muitas vezes incompreendida. Mas é na capacidade de síntese que reside, naturalmente, o sucesso ou insucesso de uma ideia ou iniciativa.
• Gestão do tempo
  É talvez a maior dificuldade que se depara aos participantes do MBA. Gerir a vida pessoal, a vida profissional, o trabalho do programa e dentro deste o trabalho de NAVES, durante tantos meses, não é fácil mas resolve-se com uma atempada e criteriosa alocação do tempo diário.

Evolução
Como é tradição na AESE, o conhecimento dos resultados obtidos, as reacções dos participantes e a interacção das equipas com os professores coordenadores, vão permitindo melhorar e aperfeiçoar conteúdos e rotinas de actuação.
É o caso de NAVES que passará a denominar-se EI – Entrepreneurial Initiative. Não se trata de uma simples mudança de nome mas, sobretudo, de novas escolhas.
Assim, vão ser reforçados os contactos com a realidade exterior, com empreendedores alumni AESE ou não e vai melhorar-se o critério de escolha dos colóquios e conferências.
Outra área em que se vão verificar alterações importantes é a da avaliação dos Planos de Negócio. São alterações que visam retirar subjectividade na apreciação pelos professores coordenadores, o que será conseguido com um detalhe menos genérico da grelha de avaliação.

Como sempre a Escola não deixará de desenvolver os esforços necessários para aperfeiçoar o programa dos Executive MBA onde Entrepreneurial Initiative continuará a desempenhar um papel de relevo.