É uma crise climática, mas também é talvez a melhor oportunidade que temos desde a revolução industrial para construir melhor, para nos renovarmos, renovar as economias, no que é um extraordinário momento económico com novos produtos, novas tecnologia.” A frase é do emissário especial dos EUA para o Ambiente que ontem chegou a Bruxelas para renovar as conversações paradas há quatro anos, com vista a travar o aquecimento global.
A administração Biden já se comprometeu a reduzir as emissões de combustíveis fósseis. Enquanto a União Europeia estipulou um caminho para atingir a meta da neutralidade carbónica em 2050, conforme definido no Green Deal. Mas não chega. A China apresentou a semana passada uma estratégia para cinco anos pouco clara no que toca à redução necessária de emissões, o Brasil e a Índia continuam mudos sobre esta questão. A par do abrandamento de emissões de CO2 na Europa e das EUA que se verificou nas últimas décadas, vemos no sentido inverso um aumento desproporcional das emissões daqueles países no mesmo período.
Ontem ouvia as declarações de John Kerry e lembrava-me do livro de Bill Gates, ‘Como evitar um desastre Climático’ (ed. Portuguesa, Ideias de Ler) e em particular de um gráfico que demonstra o crescimento exponencial carbono nestas economias.
Não podemos estar à espera de milagres. Temos de agir. A pandemia e o confinamento obrigaram o mundo a abrandar mas o aquecimento global não diminuiu. Na verdade, 2020 foi o ano mais quente desde que há registos na maioria dos países do mundo. Um ou dois momentos de paragem não chegam para uma descida efetiva das temperaturas, para travar o degelo, para reduzir a velocidade de fenómenos há muito tempo em marcha. Estamos num momento crucial para tomar decisões.
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