Tudo aquilo que tem potencial para ser valorizado e tudo o que não queremos que vá para o ecoponto normal pode agora ser depositado para reciclar na Rede de Ecocentros de Cascais. Esta nova rede para a separação e recolha de cabos elétricos, loiças, pequenos eletrodomésticos, entre outros 12 fluxos, acaba de ser implementada em todas as freguesias do concelho, com 8 equipamentos, e só foi lançada depois de o projeto-piloto se revelar um sucesso – nos primeiros 7 meses em que operou sozinho, o ecocentro móvel recolheu 14 toneladas de resíduos.
Antes dele, tínhamos identificado os principais tipos de resíduos utilizáveis que encontrávamos no lixo comum e, muitas vezes, nos ecopontos tradicionais onde o papel, o plástico e o vidro acabavam por perder valor por via da contaminação. Juntar estes novos fluxos aos dos ecopontos não se mostrava uma boa solução porque o espaço num concelho como Cascais não está preparado para o aumento do volume destes equipamentos, os recursos também são escassos. Por isso, optámos por inovar.
Tínhamos aqui um duplo objetivo para alcançar: por um lado, precisávamos de um instrumento eficaz para reduzir as taxas de contaminação dos materiais recicláveis já tradicionais, por outro queríamos diminuir o envio dos resíduos para aterro, focando-nos em primeiro lugar naqueles que tinham potencial de entrar novamente na economia. Esta é uma premissa do nosso trabalho diário na Cascais Ambiente e, sobretudo, no desenvolvimento de novos serviços para os munícipes: a valorização positiva. Não podemos lançar ideias e muito menos concretizá-las sem que esses projetos se reflitam positivamente no orçamento da empresa, do acionista (CMC) e dos cidadãos.
A ideia de que as boas práticas ambientais são caras cai todos os dias por terra, também pela nossa experiência. Felizmente, é possível identificar muitos mais stakeholders motivados para criar um mundo melhor. A sustentabilidade ambiental está cada vez mais no centro dos modelos de desenvolvimento viável, falemos nós de empresas, de municípios ou de países. Na Cascais Ambiente, temos uma equipa empenhada em pensar no futuro e isso implica pesquisa para encontrar soluções inovadoras, parceiros certos, nos quais se incluem empresas privadas e sociedade civil, acarreta conhecer bem o território em que atuamos e ouvir as necessidades dos nossos clientes: os cascalenses.
Criar o Ecocentro móvel e passar para uma Rede de vários equipamentos, que contempla pontos de recolha fixos e dois equipamentos itinerantes, só foi possível depois de aplicarmos este método para validarmos o potencial de valorização (com €/tonelada estimado) através do projeto-piloto. Se o lucro não nos move, temos a responsabilidade de encontrar soluções que se tornem ambientalmente mais viáveis e que reduzam o impacto orçamental dos resíduos no Concelho de Cascais. Às rolhas, às lâmpadas, aos livros, às caricas, desejamos longa vida e transformação em matéria-prima virtualmente mais barata para as indústrias e seguramente com menor impacto para o ambiente.
Outros artigos da edição de 29 de abril do AESE insight
Are You Ready to Lead Work Without Jobs?
John Boudreau and Jonathan Donner, MIT Sloan Management Review
Próximos programas de formação
Programa online de formação diretiva (DEEP)
Inscrições a decorrer para a 2.ª edição, com início a 18 de maio 2021
Hospital Business Enhancement (HBE)
Inscrições a decorrer para a 3.ª edição, com início a 31 de maio 2021
Executive MBA AESE
Inscrições a decorrer para a 21.ª edição, early bird até 31 de maio 2021