De acordo com um estudo recente da Pordata, uma das três razões para a falta de crescimento económico em Portugal deve-se à falta de formação dos empresários. Num artigo do mês passado para o Negócios, que Paulo Morgado intitulou de “agitação no parado”, conseguimos numa leitura rápida ficar com uma visão muito clara dos principais problemas que afectam o nosso país e do impacto e das consequências que daí resultaram nos últimos 20 anos. Estamos estagnados e pior que isso, estamos a ficar para trás.
Do PIB à produtividade por hora, da taxa de pobreza à divida externa e da descapitalização à receita fiscal venha o diabo e escolha. A cereja em cima do bolo é que as empresas nacionais continuam a apostar muito pouco na formação e o exemplo, como sempre, vem de cima e neste caso não é o melhor. Todos os estudos indicam que vamos viver muitos mais anos pelo que, consequentemente e sobretudo em Portugal devido à provável falência da segurança social, iremos trabalhar até mais tarde.
Ao ritmo que o conhecimento está a evoluir não será possível acompanhar tudo o que se passa sem formação, sobretudo formação contínua. Assim, tal como refere o estudo da Pordata se o cenário atual já não é muito favorável para os empresários nacionais devido às graves lacunas que apresentam ao nível da formação como é que será daqui a 5, 10 ou 15 anos?
É certo que muitos destes empresários se rodeiam de equipas com a formação necessária, mas imaginem o que seria se esses empresários juntassem ao seu talento inato a formação adequada e contínua?
E se o fizessem ao mesmo tempo que apostam na formação para todos os trabalhadores da empresa? A formação, tanto a nível pessoal como profissional, é uma oportunidade de crescimento e enriquecimento sem comparação.
A atualização de conhecimentos e de perspectivas a par da riqueza que advêm do networking e de conhecer novas pessoas é meio caminho andado para a inovação, mudança e para o crescimento.
O saber não ocupa lugar, antes pelo contrário, no caso dos empresários poderá é transportá-los assim como às suas empresas e aos seus trabalhadores para outros lugares, mais cimeiros, mais competitivos e mais recompensadores. Liderar é, entre muitas outras coisas, dar o exemplo e apostar na formação pelo que nesta área em particular há muito para fazer nas empresas e caberá aos empresários dar o primeiro passo e contrariar o ditado porque cada vez mais burro velho vai mais do que a tempo de aprender línguas. O país agradece.
Artigo publicado no Expresso
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