Negócios que se reinventaram, novas ofertas criadas em dias, novos mercados e segmentos alvo, novos fornecedores, etc. são hoje necessidades incontornáveis pois os tempos exigem projetos “moonshot” (projetos ambiciosos realizados sob prazos extremamente apertados, com o objetivo de alcançar ou desenvolver algo único) de alta velocidade.
The Moonshot Effect: Disrupting Business as Usual
Este livro recorda-me o discurso de John Kennedy We choose to go to the moon-speech que uso nas aulas de gestão de projetos. O desafio não era apenas ir onde mais nenhum humano tinha ido, mas potenciar o desejo de superação, realizar algo extraordinário e que parecia quase impossível de alcançar. Visão, foco no objetivo e a necessidade de motivar são ideias fortes nesse vídeo.
Estas ideias não ajudam apenas nações a chegar à lua. Podem ser potenciadas por qualquer empresa que esteja disposta fazer projetos “moonshot”, cada vez mais necessários. O problema é que muitas empresas não se envolviam neste tipo de projetos.
A maioria dos projetos estava focada no status quo e seguiam em velocidade cruzeiro até que algo os forçava a sair da zona de conforto. Esperar por uma razão para tirar a sua empresa da zona de conforto é uma estratégia perigosa nesta era de cisnes negros[1] em que é de esperar o inesperado. Enquanto o Myspace e o Blockbuster descansavam sobre os louros, a Netflix e o Facebook desenvolviam serviços competitivos mais rápidos e apreciados.
Aumentar a competitividade e colocar o trabalho em equipa num novo nível são alguns dos motivos pelos quais os autores de “The Moonshot Effect” (Wynnefield Business Press, 2016) querem que os leitores saiam da zona de conforto. Mesmo que não produzam foguetões, podem criar produtos ou serviços que os levem a novos patamares de resiliência e sustentabilidade.
Bons projetos e boa leitura!
[1] Um “cisne negro” é um acontecimento (aparentemente) altamente improvável (geralmente com um enorme impacto), imprevisível, mas que, se estivéssemos atentos aos sinais (ou os estudarmos a posteriori) conseguiríamos prever a sua ocorrência (ou explicar, se a posteriori). Conceito do livro O Cisne Negro. O impacto do altamente improvável de Nassim Nicholas Taleb.