Recomendação de Pedro Leão
Professor de Política de Empresa da AESE Business School e General Manager da Plenitude.
Terminada, com aparente sucesso, a fase de período de emergência nacional, na qual Portugal se destacou pela positiva ao conseguir “aplanar” a famosa “curva” de contágio inicial, inicia-se agora uma nova etapa, que apesar de contar com inúmeras dúvidas, receios e incertezas nos obriga a todos, Sociedade Civil e Estado a repensar, reestruturar e regenerar a Economia Nacional.
Relançar Portugal
Como sempre, é nos períodos de grandes crises que se vislumbram as grandes oportunidades – assim estejam os líderes à sua altura – e quando assim é, tudo se conjuga para se materializarem períodos de grande crescimento económico e de prosperidade. Alguns economistas apontam agora para novos paradigmas tais como a economia Regenerativa, conceito criado por John Fullerton, que defende uma nova abordagem ao desenvolvimento económico, mais sustentado e mais equilibrado, assumindo um Ambiente como um verdadeiro Stakeholder. Em Portugal, após anos de desinvestimento industrial e forte aposta no serviços, desponta agora uma nova esperança de relançamento da indústria nacional, tirando partido de um contexto de crescente aposta na transformação digital e da espectável retirada gradual de unidades de produção de sectores estratégicos ocidentais (como Farmacêuticas, Biotecnológicas, Tecnologia de Ponta, entre outras) da República Popular da China, o que poderia potenciar infraestruturas subaproveitadas e catapultar a nossa economia de forma derradeira.
Começando por uma citação de um ensaio do Franco-Argelino Albert Camus, a quem os media têm recorrido incessantemente em busca de insights sobre o modus vivendi e até de alguma Raison d’Être em tempos de pandemia, este artigo da PwC – Portugal, apresenta uma interessante abordagem ao tema do relançamento da Economia Portuguesa, analisando cinco áreas de ação fundamentais, nomeadamente: Economia e Finanças, Relações Internacionais e Segurança, Infraestruturas, Sociedade e Vida Social e Educação, que são por sua vez analisadas nas perspetivas de Governo e da Comunidade Empresarial.
Sugerindo uma abordagem à recuperação económica faseada e devidamente coordenada, a grande mais valia deste artigo reside na apresentação de um conjunto de medidas práticas e orientadas à gestão focadas em cinco perspetivas estruturais, pautadas pela sistemática preocupação pelo equilíbrio entre o pilar da “saúde pública” e o efetivo relançar da Economia Nacional. A conclusão do artigo é feita com “chave de ouro”, propondo uma sequência prioritária de 10 Medidas relativas aos cinco domínios apresentados.
Em suma, uma leitura vivamente recomendada!