Jorge Ribeirinho Machado
Responsável Académico e Professor de Operações, Tecnologia e Inovação e Diretor do PDE da AESE Business School.
Com do 10% do PIB e do emprego mundial, a indústria do turismo é um dos principais motores da economia mundial. Ao ser o setor mais afetado pela pandemia do COVID-19 – o WTTC prevê que 100 dos 350 milhões de empregos do turismo desapareçam como resultado desta crise – é muito relevante perceber o que é que o sector está a fazer para recomeçar, o que foi que aprendeu e o que vai mudar tanto para os que trabalham no turismo como para os fornecedores, clientes e demais stakeholders.
O turismo vai-se recompor?
No que diz respeito a Portugal, ainda se sabe muito pouco. Apesar de hoje poderem começar a abrir os hotéis, restaurantes e cafés, não sabemos quantos abrem já, quantos vão abrindo nas próximas semanas, ou se as condições sanitárias que a pandemia obriga vão ser suficientes ou se será necessário apertar ainda mais as medidas de contenção. Por isso ainda não se sabe quantas das empresas que agora reabrem as suas portas vão ter que as fechar no futuro próximo. O que se sabe é que quanto mais a indústria do turismo aguentar, menos mal irá a economia portuguesa – e isso, por si só, é um enorme contributo para demonstrar a necessidade do apoio que lhes devemos dar.
No vídeo que propomos hoje, o Prof. Philip Moscoso, Professor Catedrático de Operações do IESE, discute estes assuntos com Raúl González, CEO do Barceló Hotel Group e com Jordi Mestre, Presidente Executivo da Selenta Hospitality Group e Presidente do Gremi d’Hotels de Barcelona. A conversa passa pela análise do impacto da crise no setor, de possíveis cenários para pode retomar a atividade paulatinamente em Espanha e no mundo, e o que será o “novo normal” da hotelaria. As ideias que são apresentadas, em especial no que diz respeito ao que pode ser feito em tempos de crise e à implementação de mudanças estruturais, são seguramente de interesse para os dirigentes de outros setores.