Estamos sempre ocupados. “Não tenho tempo para nada”: também se revê nesta frase?
O tempo não é elástico, mas ainda assim, defendo que fazer mais pode significar (também) fazer melhor. Ter mais do que uma profissão pode ser uma fonte de valor, para além da vantagem económica.
O “novo normal”
Sem desvalorizar a nossa carreira base, mas acrescentando mais ocupações, podemos encontrar e propagar ferramentas que valorizam reciprocamente ambas as atividades.
Neste artigo da HBR (Why You Should Have (at Least) Two Careers, de Kabir Sehgal), de leitura refrescante, elencam-se ainda mais vantagens pelo raiar além dos nossos círculos, além da zona de conforto habitual, pela descoberta de novos ecossistemas, colaborando e promovendo maior diversidade com benefícios mútuos evidentes, em que trazemos mais serviço, maior utilidade, mais valor, gerando um círculo virtuoso para todos.
Ampliar os nossos pontos de contacto, alargar a nossa rede de colegas, de parceiros, e, porque não, de novos amigos, desperta-nos para a inovação, e permite que não só eu mas também estas pessoas, até mesmo estas empresas, prosperemos.
Darmos (ou termos) oportunidade de diversificar a nossa dedicação, o nosso foco, a nossa energia, a outro trabalho, remunerado ou não, onde possamos viver o entusiasmo do desafio e seguir a nossa curiosidade é também estímulo para novos talentos.
Todos os seres humanos têm um talento, que pode estar mais ou menos escondido, discretamente expresso ou pouco desenvolvido – seja para fazer bem, o bem, ou o belo.
Permitamo-nos sair do status quo, do caminho que habitualmente percorremos com mais confiança, para um novo e evolutivo percurso, experimental, quiçá de aprendizagem, onde possamos sobressair e ser destemidamente criativos.
Afinal, ter duas carreiras fomenta uma vida mais preenchida, mais diversa, mais expressiva… mais rica!