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António Rodrigo

António Rodrigo, Diretor geral da Proquimia Portugal

Alumnus do Executive MBA AESE

Respeito e verdade são 2 valores que norteiam a liderança de António Rodrigo.

Aprendeu a acreditar nas suas capacidades com os pais e é assim que exerce a liderança das suas pessoas, atendendo a que o resultado de uma equipa supera o triunfo individual.

O Diretor geral da Proquimia Portugal reteve do Executive MBA AESE o valor da partilha de experiências e a confiança na abordagem dos desafios diários de gestão.

Olhando para a sua trajetória profissional não há nada que alterasse. E é com ambição que encara o futuro.

 

 Quais os principais marcos na sua trajetória profissional, que contribuiram para chegar à posição de Diretor geral da PROQUIMIA Portugal?
Um dos principais marcos corresponde à minha formação base e ao facto de ter feito um doutoramento em Engenharia Química. Muitos profissionais optam por realizar o doutoramento após vários anos de experiência profissional, mas eu optei por logo após a licenciatura. Olhando para trás, sei agora que foi uma decisão que acabou por me dar várias vantagens nos projetos que tenho desenvolvido. A começar com o meu primeiro emprego, que comecei na fase final do doutoramento, na escrita da tese. Foi numa multinacional referência na indústria química, a DuPont®. Comecei na área técnico-comercial em Portugal mas cheguei a Project Leader na área de investigação de um dos negócios que o grupo tinha na altura. Este desafio levou-me a uma experiência internacional, nos Países Baixos e em França. Desde a minha licenciatura sempre tive o objetivo de querer fazer investigação na indústria. Ter chegado a este ponto foi outro marco na minha trajetória profissional. Depois tive a oportunidade de poder liderar um projeto que estava muito embrionário em Portugal. A Proquimia pretendia desenvolver o negócio em Portugal, replicando o modelo de sucesso em Espanha e a primeira decisão foi ter, pela primeira vez, um diretor no nosso país. Não escondo que pensei muito na altura, mas a possibilidade de liderar uma equipa, desenvolver um projeto desde início e, por acréscimo, regressar a Portugal, foram fatores que me fizeram aceitar este desafio, que já leva 14 anos. Tenho perfeita consciência que tudo o que se aprende no doutoramento, não apenas tecnicamente mas principalmente na forma de pensar, abordar os problemas, questionar constantemente o adquirido, aprender de forma contínua e ter a capacidade de extrair conhecimento para o futuro com as situações diárias, me tem ajudado muito na meu trajeto profissional. A passagem pela multinacional DuPont® contribuiu para estruturar uma metodologia de trabalho, saber a importância de uma linguagem comum numa empresa e, acima de tudo, a implementação de um ritmo de trabalho absolutamente extraordinário.


Quais foram as suas principais conquistas?
As minhas principais conquistas profissionais têm sido na Proquimia ao longo destes 14 anos como diretor. Quando cheguei à equipa, esta tinha quatro elementos, a contar comigo, e agora temos nove, muito brevemente vamos ter o décimo (que está na fase final de recrutamento) e, se tudo correr como previsto para 2021, vamos ainda ter o décimo primeiro elemento da equipa. Tem sido uma conquista muito importante para mim e para a Proquimia colocar a empresa em Portugal como uma das três principais referências em Portugal. É este o nosso principal objetivo há 14 anos. Para conseguir esse objetivo é muito importante ter uma equipa de excelentes profissionais que nos dão a garantia de que é possível atingi-lo. Ao longo destes anos conseguir esta equipa tem sido a principal conquista. Desde a minha entrada na Proquimia em Portugal, a empresa multiplicou por seis a faturação em Portugal. Em 2019, definimos uma nova meta para 2023: triplicar a faturação de 2019. Após a definição deste novo objetivo, temos preparado a empresa a todos os níveis para a sua concretização. A começar com um modelo de definição e análise estratégica para a Proquimia em Portugal, de um modelo de contratação e de formação de colaboradores e com a definição de todos os processos internos dos departamentos que existem em Portugal. Não tenho qualquer dúvida que a forma como temos organizado a Proquimia em Portugal e as ferramentas que utilizamos é um exemplo das melhores práticas no mercado. O nosso objetivo é que cada elemento esteja focado no essencial e não no acessório. Para isso acontecer é importante que seja claro para todos o que têm de fazer e como fazê-lo desde o primeiro momento. Outra conquista que gostaria de realçar, mais do ponto de vista individual mas com reflexos na equipa, é o facto de desde 2016 pertencer ao comité estratégico do grupo Proquimia. Pertencer a este comité é o reconhecimento de que estamos todos a desenvolver um trabalho de qualidade e diferenciado em Portugal.


Quais as principais lições que o tornam o dirigente que é hoje?
Uma das primeiras e principais lições vem dos meus pais, que sempre me educaram para acreditar e ter confiança nas minhas capacidades e que trabalhando conseguimos atingir os nossos objetivos. Desde sempre tiveram muita confiança em mim e este tipo de comportamento é algo que pratico nas minhas equipas. Dar confiança e espaço para pessoas crescerem e desenvolverem as suas capacidades. Vão errar muito mas isso é bom, faz parte da aprendizagem. Outra lição importante vem do desporto coletivo que pratiquei durante muitos anos: a equipa é mais importante que as individualidades. O resultado de uma equipa tem de ser superior ao somatório das individualidades. Acima de tudo está o todo, o propósito comum e, apenas depois, vem a individualidade. É algo que está muito vincado na minha forma de dirigir uma equipa. Outra lição muito importante teve a ver com a minha formação base e a forma estruturada como gosto de trabalhar e resolver os problemas. Finalmente, várias e importantes lições foram adquiridas no Executive MBA da AESE. É algo que nos transforma como pessoas e profissionais. Existe um antes AESE e um depois AESE, sem dúvida. Uma das principais lições foi a partilha. Partilha de experiências, conhecimento e, principalmente, a partilha de experiências pessoais que nos ligará para sempre. Esta dimensão transcendente que se desenvolve e pratica ao longo do MBA é uma lição para toda a vida. Aliada a esta vertente transcendente, o MBA dá-nos mais confiança em abordar os diversos problemas e desafios que nos deparamos diariamente.

 


Quais os valores pelos quais se rege e que transmite às suas equipas?
Os principais valores são o respeito pelo outro e a verdade. Sem estes valores não é possível desenvolver equipas de alto desempenho. Estes são para mim os valores basilares. Depois existem outros que, na minha opinião, são muito importantes numa equipa. Como por exemplo o compromisso com o propósito da empresa. Um elemento da equipa totalmente comprometido com o propósito da empresa consegue realizar feitos inacreditáveis. Outro valores que tento incutir na minha equipa é a aprendizagem contínua. No mundo em que vivemos atualmente, que muda rapidamente (normalmente definido como VUCA), é muito importante uma aprendizagem contínua para conseguir uma adaptação rápida. Mas esta aprendizagem contínua também se faz diariamente com os problemas que enfrentamos. É muito importante todos os elementos da equipa terem consciência que qualquer problema resolvido é conhecimento que deve ser partilhado por toda a empresa.


Se pudesse recuar no tempo, o que faria diferente?
A nível profissional as oportunidades vão surgindo e é difícil dizer que mudaria algo. Tenho conseguido aprender muito em todos os desafios profissionais que abracei até ao momento e não mudaria nada. Agora existe uma decisão que mudaria seguramente, que era realizar o MBA da AESE mais cedo. Já tinha esse objetivo há muitos anos, mas fui adiando. Até que chegou o momento, com a ajuda e iniciativa da Lénia, a minha companheira. Sabendo o que sei hoje fazia o MBA mais cedo, porque a preparação que nos dá para desenvolvermos o nosso trabalho em liderança é impressionante.

 


Profissionalmente, como se vê daqui a 5 anos?
Passado dois anos do MBA e após muita reflexão tenho claro o meu propósito profissional: desenvolver pessoas da minha equipa através da partilha e do desenvolvimento do conhecimento. Esse desenvolvimento pessoal irá permitir que as equipas atinjam os seus objetivos coletivos e pessoais. Temos um projeto ambicioso em Portugal até 2023/2024, que é estar no top 3 em faturação no nosso setor de atividade. Paralelamente a Proquimia está em franca mudança interna para preparar a empresa para o futuro. É um projeto muito interessante e importante para a empresa e que vai ser o nosso principal objetivo nos próximos anos e tenho o prazer de também estar envolvido.


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Rosário Lourenço

Associação Nacional de Farmácias

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