Como investir os Fundos Europeus, por Pedro Siza Vieira
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[/av_textblock] [av_hr class='invisible' height='15' shadow='no-shadow' position='center' custom_border='av-border-thin' custom_width='50px' custom_border_color='' custom_margin_top='30px' custom_margin_bottom='30px' icon_select='yes' custom_icon_color='' icon='ue808' font='entypo-fontello' admin_preview_bg=''] [av_textblock size='20' font_color='' color='' av-medium-font-size='' av-small-font-size='' av-mini-font-size='' admin_preview_bg=''] Como aproveitar os cerca de 63 mil milhões de euros em fundos, que Portugal irá receber, nos próximos 10 anos, sobretudo através do Portugal 2030, do PRR e da PAC, foi o motivo de convidar o advogado e ex-Ministro da Economia Pedro Siza Vieira para uma sessão de esclarecimento na AESE. A marterclass, realizada no âmbito do Next Generation Program, ocorreu no dia 9 de março de 2023.O Prof. José Ramalho Fontes inaugurou a sessão avaliando a relevância estratégica dos Fundos no crescimento económico do País, e em particular, das empresas. “Há uma clara necessidade de compreender melhor o NGP”, “mas também uma confiança firme em que nós podemos contribuir para isso.” “Consideramos que no panorama da economia e da sociedade, sobressai o papel das empresas, capazes de traduzir os problemas que existem em valor acrescentado.” É com base nisso, que “se ensina nas Business Schools, um espaço onde se debatem ideias, criam iniciativas e se estabelecem parcerias e se perscruta o futuro e se preparam líderes.” A AESE posiciona-se assim como “parceira na transformação”.
“Os fundos europeus são estratégicos para a economia portuguesa. Não podemos deixar escapar mais esta oportunidade”, afirmou o Prof. Diogo Ribeiro Santos, Diretor do Next Generation Program. Temos de saber como desenhar candidaturas. "Temos de saber como executar projetos. Não temos desculpas para falhar. O País conta connosco.”
“Cidadãos mais exigentes e empresas mais competitivas” Pedro Siza Vieira apresentou uma panorâmica pessoal da economia portuguesa desde a adesão à União Europeia. Apesar de todas as críticas, a vantagem de aderir sobrepõe-se. "Sou um grande entusiasta da Europa e da União Europeia. Estou particularmente convicto da importância que para o nosso País teve a adesão à UE. Não acho que tivéssemos possibilidade de funcionar neste mundo global fora da UE” – “nenhum País Europeu é suficientemente grande para poder, por si só, determinar o seu destino e ser capaz de competir com os outros gigantes da Economia global.” O salto qualitativo do progresso feito por Portugal em 35 anos consiste em questões básicas como: a esperança de vida à nascença, água segura para consumo humano e de excelente qualidade, tratamento de resíduos, qualidade e segurança alimentares, melhoria da escolaridade, entre outras… “A UE deu-nos os meios para conseguir esta transformação.” Economicamente, “deu-nos os mercados para onde exportamos”, “recursos financeiros para investir na previsão de bens públicos e na modernização”, “cidadãos mais exigentes e empresas mais competitivas”.
“Não é exato que a Economia portuguesa esteja estagnada” “A Economia portuguesa esteve tudo menos parada.” “De 2001 a 2008, tivemos um crescimento acumulado do PIB de 8, 5%”. Ente 2009 e 2014, o período da crise financeira global e das dívidas soberanas caímos 7%”.
Voltamos a crescer entre 2015 e 2019, o PIB cresce quase 13%.” “Com a Covid, num único ano, - 8.6%. Em 2021 e 2022 crescemos 13%.”: “Parece uma montanha-russa.” Dentro da economia, a forma como os vários setores se comportam também é tudo menos estática.”
O que era a composição do PIB no início do século, muito mais virado para o mercado interno, chega o início da década de 20 e os olhos estão voltados para o exterior. “Houve setores que cresceram imenso e outros que decaíram”. “As empresas portuguesas estão a ocupar uma quota de mercado que antes pertenciam a outros.”
Portugal investiu muito em capital humano e no sistema científico-tecnológico, tornando-se um destino de investimento direto estrangeiro em ativos produtivos, após a pandemia. “temos hoje a capacidade de atrair investimento que procura outro tipo de posicionamento e competitividade externa. A Economia portuguesa está em processo de mudança.” Assim como a economia global.
Siza Vieira elencou as principais alterações em curso e as oportunidades que podem apresentar para a economia portuguesa. E terminou discriminando em que medida os fundos europeus podem ajudar a aproveitar a concretizar estas oportunidades.
O encontro terminou com perguntas colocadas pela audiência sobre a candidatura aos fundos europeus e a sua aplicação para alavancar os negócios.
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