“A diversidade compensa e é um bom negócio”
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[/av_textblock] [av_hr class='invisible' height='15' shadow='no-shadow' position='center' custom_border='av-border-thin' custom_width='50px' custom_border_color='' custom_margin_top='30px' custom_margin_bottom='30px' icon_select='yes' custom_icon_color='' icon='ue808' font='entypo-fontello' admin_preview_bg=''] [av_textblock size='20' font_color='' color='' av-medium-font-size='' av-small-font-size='' av-mini-font-size='' admin_preview_bg=''] A AESE esteve fortemente representada no painel de oradores da 8.ª Grande Conferência de Liderança Feminina da Executiva.O evento realizou-se com uma plateia composta por homens e mulheres, no dia 18 de outubro, no auditório da Culturgest em Lisboa. Isabel Canha, cofundadora da Executiva, deu as boas-vindas aos mais de 500 inscritos, salvaguardando que “há um longo caminho a percorrer” para “Construir um futuro melhor” e para a paridade de oportunidades para ambos os géneros, apenas resolvida quando “estas iniciativas deixarem de fazer sentido”. Dos role models à liderança feminina A presença de mulheres nos conselhos de Administração tem sido muito pressionada pelos media, razão que levou Isabel Canha e Maria Serina a criarem a Executiva, em 2015. O objetivo deste site consiste em valorizar o papel das mulheres na sociedade e estimular a sua progressão de carreira e sucesso profissional, através de referências de modelos femininos. (Note-se que a Executiva é parceira da AESE no programa “Liderança no feminino: One step ahead”, uma formação com propósitos muito claros de potenciar a mentoria e a partilha de experiências de líderes com ambição de chegar a cargos de responsabilidade superiores na direção e administração de uma empresa.)
Na 8.ª Grande Conferência de Liderança Feminina da Executiva 30 mulheres líderes subiram ao palco com um intuito inspirador e com provas dadas em matéria de processos de mudança. Fundamentando-se em estudos publicados, Isabel Canha defende que “as mulheres escutam e envolvem-se mais, sem hipotecar as gerações futuras”. “A diversidade compensa e é um bom negócio.”
Imaginar: o início do processo de tomada de decisão num futuro imprevisível O futuro é impossível de prever até para os economistas mais experimentados. Porém, Javier Diaz-Giménez, Professor do IESE Business School, contribuiu significativamente para a reflexão sobre as tendências que se adivinham, desafiando a audiência a um exercício de “imaginação”. “É necessário imaginar e tomar decisões em função disso. É necessário olhar um pouco mais adiante, saindo das operações” do dia a dia. “estou seguro de que em 2030, o mundo será muito diferente do que o conhecemos.” “Não há volta atrás”, para as mudanças a nível da tecnologia, globalização, sustentabilidade, demografia e economia. Ao longo da história da humanidade, o Professor identificou 4 marcos fundamentais com graus de aceleração cada vez maior: a etapa dos caçadores e recolectores (que durou 3600 gerações), a dos pastores e agricultores (472 gerações), a dos inovadores industriais (8 gerações) e a dos humanos aumentados (1 geração).
“Transcendemos a humanidade” porém, “não sabemos ainda como criar valor e tomar decisões, por não haver histórico de sermos super-humanos, robotizados”. No mundo corporativo, se o negócio não cabe num telemóvel não tem futuro”, portanto “é preciso integrar e digitalizar. Como se vai gerir em 2032? Quais as competências-chave? Quais os principais desafios à liderança? Foram estas as questões finais deixadas por responder à plateia, a quem recomendou dedicar no mínimo 30 minutos do tempo diário “a pensar o futuro”.
Líderes para o futuro A paixão pela mudança traz renovação e reforço da identidade dos líderes e das empresas. Para Fátima Carioca, Dean da AESE, “um líder é um líder”, independentemente da diferença dos contextos. Implica saber estimular a curiosidade, sabendo rodear-se de especialistas sobre temas que não domina; alimentar a proximidade e o poder de influência na vida das outras pessoas; é ter inteligência adaptativa para ajustar os recursos e orientar a estratégia para um propósito; nutrir um espírito de aprendizagem e humildade para aprender com os outros.
Estas características, contudo, não bastam. A excelência profissional, segundo a Professora da AESE, exige também energia, sendo que “o bem-estar é fundamental”. Requer integridade, resultante da combinação da ética e dos valores levados à prática com o “walk the talk”. A grandeza pessoal revela-se na consciência de “estar no mundo, ser interpelado(a) num momento histórico e querer deixar uma marca” positiva. E ser generoso, ao saber dar e receber e ter a coragem de continuar a fazer o que deve ser feito, diariamente.
Women on Board No painel de oradoras alusivo à responsabilidade de administração de empresas, Soledad Carvalho Duarte, Managing Director da Invesco Transearch e Alumna AESE do PADE – Programa de Alta Direção de Empresas, sublinhou a importância das profissionais que aspiram a cargos de liderança de topo serem explícitas e mostrarem disponibilidade. A reflexão e a introspeção para construir esse caminho diariamente é imprescindível, tendo a consciência plena de que devem dar o seu melhor, sabendo, contudo, de que a empresa não lhes pertence.
Alexandra Reis, CEO da NAV Portugal, Professora da AESE e Alumna do Executive MBA AESE, explicou que a dificuldade das senhoras ascenderem aos lugares de topo, prende-se com o facto de haver “poucos lugares e o ambiente ser muito competitivo”. “Ter ambição é saudável.” Por norma as senhoras têm “a tendência para se deter. A ambição impele-as para a ação. Os resultados advêm daí. É preciso trabalhar muito, investir muita energia”, sendo que esta é finita. Importa saber alocá-la bem e manter o equilíbrio. Um bom líder tem de estar preparado para enfrentar o board “tem de ter a capacidade de estar próximo das equipas e ter alguém fora da empresa com quem possa falar e trocar experiências que o/a ajude nessa função, por vezes, solitária. Ter uma rede de apoio familiar estruturada é uma condição que Alexandra Reis considera fundamental.
Andreia Ventura, Administradora do Grupo ETE e Alumna do PADE da AESE, colocou a tónica na responsabilidade e na solidão quando chegada a hora de decidir. A atitude, a disponibilidade e ser-se genuíno contribuem para que a posição de liderança seja conquistada todos os dias. Maria João Carioca, Vogal do Conselho de Administração e da Comissão Executiva da CGD, valorizou a conversa com a sua experiência apelando para que as mulheres “não tenham medo: há que dar o salto e todos os dias ultrapassar algo que nos faça senti-lo”. Cargos de direção e administração, quer sejam executivos ou não executivos, suscitam desafios que são transversais a ambos os géneros. Valoriza de sobremaneira a função conhecer-se a fundo o tema da Governance. “Esse conhecimento fará a diferença na qualidade do trabalho entregue” por se dominar a fundo a organização como um todo e no diálogo com os organismos colegiais. Maria João Carioca apelou ao entusiasmo que cada líder deve ter que permitira empurrar o glass ceiling que ainda se mantém muito ativo.
Para além de muitas outras convidadas, também Sara Caetano, Chair of the European Energy Industry Council and Country Manager da Opentext e Alumna do 17.º Executive MBA AESE, foi ouvida com especial atenção sobre o seu percurso no setor tecnológico. Segundo Sara Caetano, é um problema da sociedade que haja poucas mulheres nas tecnologias, porque não se educam os filhas, dando-lhes amplitude de carreira”.
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