Cibersegurança

Todas as áreas do conhecimento possuem os seus mitos e as suas ideias pré-concebidas e a cibersegurança também os tem. Com diferentes graus de frequência, ouvimos frases como “…isso é um assunto da informática, vou apresentá-lo ao meu diretor de tecnologias…”, “…a minha empresa não tem nada de importante para estes criminosos…”, ou ainda “…investir em cibersegurança não dá qualquer retorno económico…”. Destruir estas ideias e operacionalizar um modelo de governação que permita às suas organizações tirar o pleno proveito da transformação digital já em curso ao mesmo tempo que robustece as condições de resiliência digital da sua organização, é condição sine qua non para qualquer dirigente do século XXI.

Com efeito, e baseando-nos apenas do que aconteceu no nosso País em 2022, onde vários ciberataques de grande escala e âmbito ocorreram, existem evidências de que muitas das maiores empresas permanecem com baixos níveis de preparação nesta área. Embora os respetivos dirigentes já reconheçam a cibersegurança como uma importante parte das atividades na área do IT, ainda não compreenderam completamente o caráter estratégico e a necessidade de colocar a cibersegurança ao lado de outros fatores que determinam a sobrevivência do negócio.

É, por isso, fundamental construir o futuro com base na capacitação digital das organizações como catalisador da inovação e desenvolvimento e fazê-lo, alicerçado nas melhores práticas de cibersegurança, é um promotor de Confiança. Só com um elevado nível de maturidade em Cibersegurança nas pessoas, processos e sistemas das organizações, é que estarão reunidas as condições para a sua resiliência digital e subsequente promoção do desenvolvimento económico sustentado.