6/05/2020, Online
Face ao Covid ficou clara a atenção dada pelo CEO à distinção entre os factos e o ruído da informação que circula sobre o Covid, para poder “tomar decisões mais corretas” e “ágeis” na liderança :“é preciso perceber a informação para incorporá-la na forma como o banco está estruturado e para proteger as pessoas, a organização e os clientes”.
Atualmente com um volume de negócios de 136 mil milhões de euros, o Millennium bcp conta com 18.500 pessoas, 7.200 delas localizadas em Portugal. Está presente na Polónia, Moçambique, na Suíça, em Macau e tem uma operação minoritária em Angola.
Neste momento estamos a viver “a normalidade” de “uma enorme incerteza”. “Não havendo um ponto em que nos possamos agarrar”, Miguel Maya mantém-se firme relativamente ao “ponto de chegada” previsto no plano de negócios que apresentou, ainda que implique alargar o prazo de execução. Da constituição de um gabinete de crise à definição das prioridades de atuação, passando pela proteção da economia, o orador explicou o posicionamento do banco face às principais preocupações e o foco na tomada de decisões credíveis, transparentes e criteriosas que garantam a saúde e a proteção de todos. “A rendibilidade futura do banco depende da viabilidade e sustentabilidade dos seus clientes: toda a ação comercial é dirigida a apoiar os clientes a superar esta fase de emergência, preservando a qualidade do balanço do Banco.”
Miguel Maya observou que “a Pandemia provoca choque inédito na economia mundial, com uma escala sem precedente que exige resposta imediata dos governos (e da União Europeia).” E reforçou a necessidade de se ser realista:“não podemos falar ficção: temos de falar verdade com as pessoas”. “Portugal tem hoje uma posição económica bastante mais robusta após o processo de forte ajustamento efetuado na anterior crise financeira. Também o Sistema Bancário se transformou tendo hoje maior capacidade para apoiar a economia do que na anterior crise financeira.” De acordo com a restruturação vivida no passado recente, Miguel Maya considera que “o Millennium bcp está melhor preparado para lidar com esta crise”.
Miguel Maya concluiu a sua apresentação partilhando “uma certeza”, “a forma de interação e as expectativas dos Clientes vão mudar (já mudaram)… e a uma velocidade elevada”. Este facto tem reflexo “naturalmente na atividade do banco”. “O principal desafio passa pela reinvenção dos processos e modelos de negócio e por assegurar a coesão e a força da cultura da empresa.” O líder do Millennium bcp mostrou uma atitude otimista, crente na bonança que se seguirá às adversidades que se vivem presentemente.
Ao longo da sua intervenção Miguel Maya, também Alumnus do PADE, evidenciou os benefícios de ter frequentado o programa da AESE, na altura em que transitou para a Direção do BCP.
Seguiu-se um período de perguntas colocadas pelos particiantes do Programa de Alta Direção da AESE, que Miguel Maya respondeu com grande disponibilidade.