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InSocialConsulting: “um luxo” para o Terceiro setor poder contar com o saber do mundo corporativo
17/05/2022
A iniciativa InSocialConsulting já está a dar muitos e bons frutos!
Através do LEAP – Leadership Accelerator Program, a AESE promoveu o ponto de encontro entre o voluntariado de competências de gestão de jovens profissionais promissores da PwC e entidades do setor de economia social que se candidataram a este apoio. Com o objetivo de empreenderem um trabalho colaborativo de partilha de conhecimento, aumento de eficiência e prática do bem social, a AESE recebeu os participantes a 17 de maio de 2022, após a apresentação formal das parcerias conhecidas a 11 de janeiro passado.
Neste encontro, cada grupo deu conta dos desafios que lhes foram apresentados e as respostas que na qualidade de consultores de gestão, sugerem a fim de tornar mais ágil e eficaz o alocamento de recursos humanos e financeiros sempre escassos, num setor movido pela resposta a questões urgentes de saúde e bem estar dos utentes. Com as exposições dos trabalhos desenvolvidos pretendeu-se listar e replicar as boas práticas implementadas, com fito a multiplicar os beneficiários das instituições.
O apreço pelo apoio facultado pela PwC foi consensual. Do empenho, à motivação dos intervenientes, passando pelo proveito imediato sentido nas organizações, as palavras de agradecimento repetiram-se. Mariana Mira Delgado, Diretora Financeira da MDV, participante do GOS e Alumna do Executive MBA, afirmou que dispor deste recurso para encontrar “soluções criativas é um luxo”. Os consultores, ao colocarem questões ajudaram a desinstalar hábitos consolidados no tempo nas entidades do Terceiro setor. Os voluntários de competências focaram-se em investir na sistematização de ações que detetaram ser realizadas informalmente e cuja profissionalização anteviram trazer ganhos substanciais de eficiência das organizações.
O ponto de situação dos projetos de voluntariado de competências
Tendo em conta o trabalho desenvolvido entre os consultores da PwC e os dirigentes das instituições sociais foi divulgado o ponto de situação da cooperação.
Na entidade MDV – Movimento de Defesa da Vida, o projeto apresentado respondeu ao desafio de aumentar os mecanismos de eficiência na alocação de recursos e no alinhamento estratégico da organização. A equipa da PwC propôs uma atuação a nível de centros de custo, uniformização de mapas e criação de automatismos de dados relevantes com impacto no orçamento. Foi manifesto o interesse do acompanhamento nesta iniciativa no futuro, de maneiro a efetuar a operacionalização do plano e garantir o suporte solicitado.
Na Associação VilacomVida, o objetivo consistiu na intervenção da PwC a nível dos processos de recursos humanos, acrescentando algumas oportunidades de melhoria nas dinâmicas praticadas noutras áreas da gestão. A fase seguinte consistirá na finalização dos fluxogramas dos processos de recursos humanos e na sistematização das ações a alinhar quer na VilacomVida quer no Café Joyeaux, empreendimento complementar à Associação.
Na Mary’s Meals Portugal, estando o foco centrado na transformação digital, a consultadoria apostou em potenciar e desenvolver a presença da instituição nas redes sociais. Para isso, definiu a implementação de um plano estratégico de comunicação, com vista ao aumento de notoriedade da associação e o reforço da visibilidade do trabalho desenvolvido em todo o país. O assessment incluiu a identificação dos pilares de atuação e dos públicos alvo visados, a auscultação do comportamento dos utilizadores nos canais, no âmbito nacional e internacional.
Constatou-se um alinhamento da comunicação da Mary’s Meals Portugal com as restantes organizações homólogas a nível mundial, havendo uma forte sugestão de aumento na recorrência das publicações e da presença no Facebook e no Instagram, com adoção de um branding adequado e de uma linguagem direcionada ao público-alvo.
O projeto com a Associação de Doentes com Lupus versou sobre o apoio no desenho de um plano de fundraising e numa estratégia de visibilidade digital e de comunicação, nomeadamente junto do setor empresarial. Foram apresentadas métricas e KPIs para avaliar a implementação das ações propostas e orientar o esforço investido na mudança das práticas de gestão para garantir o retorno do investimento recomendado.
Desenhar um plano de negócios foi o repto lançado pelo Desafio Jovem. A equipa de projeto fez um levantamento de dados que permitiu aferir uma análise financeira não só de produção e venda das já conhecidas bolachas de manteigas e areias, mas também de compotas e de outros produtos que têm servido como fonte de sustento da entidade. Foi elaborado um exercício de reflexão sobre o preço e as dosagens por embalagens mais adequadas a cada produto e apresentado um conjunto de 6 cenários de risco, que dão ao diretor geral da instituição “muita segurança” na hora de decidir o que fazer.
Foi referida a prioridade de acrescentar valor na comercialização dos produtos, sem “descaracterizar a missão” da Desafio Jovem.
A Santa Casa da Misericórdia da Venda do Pinheiro é uma instituição fundada há 19 anos. O pedido de apoio foi de natureza financeira. Neste, os intervenientes no projeto avançaram com a proposta de um Manual de procedimentos de inventário, um Manual de procedimentos de fecho de caixa e folha de registo de movimentos e um Manual de procedimento de banco de horas e base de dados de submissão e aprovação de encargos.
Tal como nas iniciativas anteriores, ficou patente o desejo mútuo de uma colaboração adicional a ter lugar no futuro.