Entre os pontos a salientar, nos últimos anos, face ao governo corporativo, encontra-se o facto dos administradores terem de assumir responsabilidade legal “de facto” pelos atos enquanto responsáveis máximos pelas organizações que servem – tema que junta integridade, ética e responsabilidade na sua relação com a sociedade. Há que ir além do compliance, pois se compliance assegura os mínimos, é a ética que aspira aos máximos.

António Valero e José Luís Lucas afirmam no seu livro – Política de Empresa – que a eleição do futuro não é um tema de otimização, mas de iniciativa. De igual forma, o bom governo não se restringe a compliance com enquadramentos legais ou códigos de boas práticas. O bom governo, tal como o comando dum navio, vive de iniciativa, e do exercer da arte da prudência.

O bom governo corporativo tem vindo a transformar os conselhos de administração um pouco por todo o mundo, e nesta sessão abordar-se-ão, não apenas as grandes etapas históricas do desenvolvimento dos conselhos de administração, como as principais tendências que os mesmos estão a sofrer na atualidade, com vista a um melhor desempenho: desde uma maior diversidade nos membros dos conselhos de administração até à maior participação de administradores “independentes”.