Parar para pensar na competitividade do ecossistema da Vinha e do Vinho - AESE Business School - Formação de Executivos

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Parar para pensar na competitividade do ecossistema da Vinha e do Vinho

06/02/2024

“Criar valor na Vinha e no Vinho: 1.º Colóquio formativo“ teve lugar na AESE, a 6 de fevereiro de 2024.

José Ramalho Fontes, promotor do CV3, foi o anfitrião deste evento que procura estimular a formação em gestão dos dirigentes e a competitividade dos negócios neste setor.

“O setor tem características ótimas, excelentes, com imenso potencial. Há outras que podem ser melhoradas.” José Ramalho Fontes acredita que “com a vossa colaboração [dos participantes], temos de dar um salto e chegar ao valor que outros setores análogos têm conseguido alcançar.”

“Continuando a pensar na competitividade da Vinha e do Vinho, desafiámos as Comissões Vitivinícolas de Lisboa, Setúbal e Tejo a estimular junto dos dirigentes do ecossistema a participar nesta iniciativa”, que será a primeira de várias previstas. Com a utilização do método do caso, o objetivo do encontro consistiu no estudo de situações reais, na partilha de experiências e na tomada de decisões com efeito prático na rentabilidade do setor.


Cooperação ou oposição entre produtores e distribuidores
A jornada terminou com um debate sobre “A relação produção – distribuição: cooperação ou oposição?”. José Diogo Albuquerque, Administrador do Agro portal, moderou as intervenções de Bruno Pereira, Diretor de Compras da Lidl, e Sérgio Marques, Diretor Comercial da Bacalhôa.

“A distribuição é uma utilidade” para Sérgio Marques, para quem a principal preocupação, enquanto produtor de vinhos, consiste “na necessidade imperativa de aumentar o preço médio por garrafa, criando valor desde a base até ao consumidor final”.

Representante da Lidl e da distribuição em geral, Bruno Pereira prevê que o setor tenda a subir, estando, atualmente, o preço médio balizado entre os 2.50€ a 2.60€, no mercado português.

“É verdade que a produção merece essa evolução no preço, até para se pagar um valor justo aos agricultores, mas por outro lado, o nosso salário médio não chega aos 1000€. E somos um dos três países da União Europeia que perdeu poder de compra. Na minha opinião a valorização tem de continuar a ser feita, numa lógica de exploração dos mercados externos.” “Somos um dos principais exportadores de vinho, no último ano fiscal”, tendo exportado “cerca de 8 milhões de garrafas de vinho”, com uma relação qualidade preço competitiva. Bruno Pereira acredita que a valorização do vinho vai continuar no mercado interno, porém, num ritmo muito mais lento do que no mercado externo.

Os obstáculos ao crescimento da exportação são a falta de notoriedade “à exceção do vinho do Porto”, “termos pouca escala, a dispersão das marcas” e a dificuldade de colocação do produto em volume, ainda que possa haver procura no mercado estrangeiro. Bruno Pereira defende que não basta os produtores saberem que temos um produto único”; é importante que lá fora o reconheçam também. A reorganização do setor surge como uma solução bem-sucedida noutros setores, nomeadamente no fruto-hortícola. Internamente, o dirigente da Lidl, acredita que o mercado crescerá se o poder de compra em Portugal aumentar.

“Seria muito importante que o mercado português” – “que fazia isso há 10 anos e depois deixou de fazer” -, “trabalhasse numa base low price e depois com escalas de segmentos de produtos.”

“Impedir a rotulagem camuflada das garrafas” foi uma das soluções apontadas para aumentar a notoriedade do vinho nacional.

As perguntas colocadas pelo moderador do debate foram alargadas à audiência e respondidas pelos oradores, num ambiente de partilha de Boas Práticas, face aos desafios vividos no ecossistema do Vinho e da Vinha.



O que pensam dizem os participantes
“A apresentação de casos concretos, a troca de conhecimentos e experiências entre profissionais do setor e do ecossistema, além do debate em si, enriqueceu o colóquio e a inspiração para buscar novas formas de agregar valor ao processo, da vinha ao vinho e para o mercado. ”

Pedro Mendonça |  Diretor Executivo e CEO da Comissão Vitivinícola Regional do Dão


“Foi uma experiência muito rica e produtiva, quer em termos de partilha de experiências e visões sobre os casos analisados, quer em termos de networking. O conhecimento que os docentes da AESE demonstraram ter sobre o setor tornou a aprendizagem muito interessante. Recomendo vivamente este short program.”
Pedro Lufinha | General Manager da Quinta Alorna

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