O Prof. Mike Rosenberg esteve na AESE, a convite do Agrupamento de Alumni da AESE, para uma sessão do Alumni Learning Program, a 13 de outubro de 2021.
Desta feita, o professor do IESE versou sobre o seu mais recente livro “Learning to Fly – Career planning for a post Covid World”. Como planear a próxima etapa da trajetória profissional num contexto em crescente digitalização, incerteza geopolítica global e mudanças climatéricas…? Mike Rosenberg endereçou aos participantes algumas reflexões com o intuito de se prepararem melhor para lideranças mais competentes.
Especialista em headhunter e executive search por vários anos, Mike Rosenbreg acumulou uma vasta experiência de recrutamento e planeamento de carreiras, antes de se juntar à academia numa escola de negócios. Quando se preparava para lançar o seu livro sobre este tema, em 2020, o mundo mudou. Com a Covid-19, o professor viu-se perante a necessidade de atualizar os conteúdos, pois os desafios para os dirigentes e executivos tornaram-se muito diferentes depois da “tempestade”.
O constrangimento económico global impactou significativamente as vidas dos cidadãos, aumentando as desigualdades na população. As boas notícias consistem no índice de vacinação e na taxa de recuperação dos infetados. “É bom sentirmos que as coisas estão a voltar ao normal, apesar dos contratempos que possam surgir”. O que deveríamos ter aprendido nas crises anteriores é que devemos esperar o inesperado. Devemos estar prontos para encarar “o cisne negro”: grandes eventos, com um impacto enorme a nível mundial e que ocorrem sem pré-aviso.” Rosenberg alerta: “para gerir a carreira é necessário conseguir lidar com o inesperado e antecipar o previsível, já que nem tudo será uma surpresa.” A digitalização, a automatização e o processo de descarbonização são factos. A geopolítica global atravessa uma situação muito complexa, nomeadamente entre os EUA e a China. Porém não são casos isolados e “afetarão o mundo em que vivemos”.
“Cada um tem responsabilidade para pensar sobre estes assuntos e prever cenários de maneira a planear a carreira, precavendo que nós e quem depende de nós possa viver sem sobressaltos.” “O velho modelo de desenvolvimento de carreira está obsoleto.” Um novo modelo emerge, sustentando que a aprendizagem contínua e a criação de riqueza deve assegurar o aumento da esperança média de vida até aos 100 anos. “Os empregos têm estado a ser altamente transformados.” Em vez de se falar em “cargos”, Mike Rosenberg defende que tender-se-á a falar cada vez mais em “papéis desempenhados” e, em vez de “indústrias”, “espaços”.
Quais as competências a oferecer? Onde se deseja viver e trabalhar? Quanto se deseja auferir para o nível de vida que se pretende alcançar? Quais os valores individuais? E o que o(a) apaixona? O professor recomenda refletir sobre estas questões para desenhar os passos seguintes da vida profissional.
Descubram quais os problemas do mundo que desejam ajudar a resolver e “aprendam a voar”.
No final, os Alumni puderam colocar questões ao convidado, num diálogo que aconteceu em formato online.