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O regresso a Portugal e o contraste com o mindset aberto à inovação e à mudança
22/01/2019, Lisboa
Mónica Pinto Coelho – Head of Marketing Iberia da CBRE – foi uma das oradoras convidadas para integrar o painel do Executive Breakfast “It’s Good2Be Back”, realizado no dia 20 de dezembro na AESE.
A biblioteca da Business School foi palco neste encontro, permitindo reunir profissionais com percursos internacionais representativos de variadas geografias, nomeadamente Bélgica, Brasil, China e Espanha.
Mónica trabalhou 14 anos fora de Portugal, 10 em Espanha e os últimos 4 na China. Com uma função consolidada em Espanha, e vincadamente desenvolvida pela experiência que foi ganhando com os anos, a família decidiu – em conjunto – atravessar a Europa e cruzar a Ásia. Esta mudança deu-lhe espaço para abraçar um novo desafio que, não seguindo a linha do que tinha feito até então, ofereceu-lhe um leque distinto de competências. Porém, e apesar do gosto pelo país e pela experiência que desenhou ao longo desses 4 anos, Mónica entendeu que a sua motivação seria regressar ao Marketing em Portugal e reintegrar o mundo empresarial.
Fixando esse objetivo, traçou um plano intensivo: planeou viagens mensais a Portugal e alimentou o seu networking, ligando-se a profissionais e a empresas que poderiam ajudá-la neste momento de transição. O LinkedIn foi uma valiosa ferramenta neste processo.
Durante 1 ano, geriu o seu tempo de forma eficaz, criou uma rede de contactos significativa e solicitou conversas, que nunca lhe foram negadas. Nestas conversas, procurou compreender o estado do mercado em Portugal e de que forma poderia mover-se para alcançar a sua meta.
No final, recebeu 2 propostas diferentes e – após ponderação – optou por juntar-se à CBRE como Marketing Manager em Portugal. Hoje é Head of Marketing para o mercado português e espanhol da mesma empresa, sendo responsável por três áreas estratégicas: Marketing dos Centros Comerciais, Marketing dos Escritórios e Brand Events. Ao contrário do que poderia imaginar, a sua adaptação a Portugal não foi totalmente simples. Chegando com um mind-set aberto à mudança e à inovação, Mónica sentiu a rigidez das próprias estruturas e das pessoas inteirar-se dos processos. A hierarquia e a formalidade são claras barreiras que, na sua opinião, dificultam os relacionamentos e os próprios negócios. Não há dúvida que a diferença entre Portugal e a China é vincada: existe uma abertura e uma flexibilidade em Hong Kong que ainda não foi estabelecida em Portugal. Por outro lado, aqui encontra o conforto da solidez das relações e da família.