“Gostei muito de fazer o PDE – Programa de Direção de Empresas.
A minha carreira foi toda feita no setor público, com um percurso diversificado, mas sempre com ligação aos recursos humanos, nomeadamente em cargos dirigentes. Em 2018, passei a trabalhar para a Casa da Moeda, que pertence ao setor empresarial do Estado, e isso exigiu da minha parte um desafio diferente, e com isto não estou a dizer que é mais exigente. A verdade é que os dirigentes da Administração Pública lidam todos os dias com muitos obstáculos e com muitas regras, o que dificulta bastante a margem de atuação que é muito espartilhada pelas inúmeras regras, mas a Administração Pública conta com muitos perfis não acomodados e são esses profissionais que lutam bastante para assegurar o funcionamento dos nossos serviços. Quando chego à Casa da Moeda, o desafio foi efetivamente diferente porque consistia na possibilidade de integrar, no setor público, uma empresa, uma sociedade anónima, e, portanto, ter muito mais margem de gestão na definição de políticas e atividades, tornando a empresa atrativa para as pessoas em concorrência de mercado. Para tal, precisava de adquirir mais conhecimento das diferentes áreas da empresa. O PDE era o programa que existia no mercado e que podia dar resposta a isto.
Nós sabemos que temos boa formação em Portugal, uma boa formação académica. Porém, o PDE com esta componente transversal, com foco na liderança e com uma abordagem holística das diversas matérias, é único. Só a AESE é que nos proporciona isto, num programa de longa duração: isso é indiscutível. Por isso, para mim, fazia todo o sentido fazer o PDE.
Quem está na área de Pessoas tem uma obrigação adicional de conhecer as dores das outras áreas, porque só se conhecermos as dificuldades que os nossos pares têm é que conseguimos apoiar na formação das equipas, no seu desenvolvimento, recrutamento e retenção. No meu caso concreto, este era o programa que fazia todo o sentido.
O ter de ir almoçar nos dias de programa, mostra como desde logo é diferente a abordagem da AESE. Todo o programa está montado para promover um espírito de equipa, a possibilidade de conhecermos pessoas de diferentes organizações – o que é já em si uma riqueza indiscutível. Depois, a maneira como os grupos são montados na perspetiva multidisciplinar – o que para mim é fundamental na maneira como todo o programa decorre-. Portanto, quando nós nos sentamos como num Conselho de Administração para analisar os casos que estivemos a ler é muto interessante perceber como na nossa área temos abordagens diferentes para a resolução do caso. Isso gera discussões muto interessantes, discussões acesas. Portanto, a AESE é uma Escola diferente.”
O desafio de fazer o PDE é a disciplina de termos de encaixar a formação na nossa vida. Isso assusta um bocadinho, mais para quem vai começar do que durante. “Com a agenda alucinada que já tenho hoje, como é que eu vou conseguir encaixar uma tarde e uma manhã e ainda a leitura dos casos?” Na verdade, a leitura de casos, por regra tem de acontecer no fim de semana. É difícil conseguirmos encaixar na nossa agenda semanal, mas a quebra que temos para estudarmos e virmos às aulas duas vezes por semana, lembro-me de me ter ajudado várias vezes a resolver problemas. Penso que isto já aconteceu a todos nós. Quando estava completamente enrolada no meio do problema, o facto de ter estado fora um tempo, permitia que eu tivesse uma abordagem diferente e encarasse a questão com a cabeça mais esclarecida, mais leve e resolver os problemas. Comentei isto algumas vezes com participantes do PDE e várias pessoas concordaram que isto acontecia. Esse exercício de encaixar o programa na agenda acaba por nos trazer vantagens: se bem que seja um desafio, é também uma oportunidade.
Pela maneira como o programa está montado, estas relações pessoais rapidamente se criam, assim como o espírito de companheirismo, dentro de todo o grupo. Este é um fator diferenciador desta formação, que não existe em mais nenhuma escola. É promovido pela AESE e pela equipa, que para mim, tem tudo a ver com o facto de em todos os módulos as Pessoas e a gestão ética e humana estarem presentes em todos os momentos.
O PDE foi determinante para a minha capacidade de compreender melhor e a ter maior grau de empatia com os problemas dos meus colegas e dos meus pares.
Concluímos que os problemas de organizações distintas, que todos nós sentimos, são muito semelhantes. Há uma discussão clássica nas organizações, de conflito entre a área comercial e de produção. O módulo de estratégia de empresa foi especialmente relevante. Hoje tenho outra capacidade e outra flexibilidade para compreender as dificuldades que os meus colegas sentem.
Para além de tudo, a partir do momento em que frequentamos este programa de longa duração, tornamo-nos melhores.”